VERSOS NAS PONTES
Quando o peso da solidão se tornou insuportável,
Caminhou por todas as estradas,
Para tornar mais leve a insónia de se sentir só,
E quando se sentiu cansado,
Sentou-se nas salas de espera das estações.
A escrever no tempo.
A escrever nas ideias.
À noite dormia na soleira das portas,
E aquecia-se nas luzes da cidade.
Quando a luz do dia voltava,
E o ruído da cidade era impossível,
Gritou poemas nos túneis.
Gritou versos nas pontes.
E o Outono chegou.
E por não ter mais estradas por onde caminhar,
Bebia as gotas da chuva
Que trazia o brilho mágico da febre.
Sísifo
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