sexta-feira, dezembro 01, 2006

MANIFESTO



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MANIFESTO PARA UMA GESTÃO ÚNICA

Imaginem que o mundo é do tamanho de Portugal.

Cascais e Sintra são as únicas regiões em que se vive com abundância, no resto do país as pessoas vivem carenciadas, não têm rede eléctrica, ou água canalizada, ou mesmo rede de esgotos, para não falar das carências nutricionais.

Em toda a região de Trás-os-Montes morrem todos os dias pessoas com fome, estas pessoas não têm qualquer alimento para ingerir em várias alturas do ano.

Na cidade de Cascais toda a gente tem computador e automóvel. As doenças infecciosas como a SIDA, a Malária e a Hepatite C atacam todo o Alentejo. O sistema de saúde, mau e injusto, apenas cobre a população das cidades, todo o resto do país não tem qualquer sistema de saúde.

A Madeira é a única região do país onde há petróleo, todo o resto do país depende dele para o seu desenvolvimento.

A água potável escasseia em todo o país, só a região de Lisboa tem abundância de água. Existem recursos em todo o país, se estes recursos fossem comercializados de forma justa podia diminuir a miséria de todas as regiões interiores, as grandes empresas negoceiam estes recursos de forma a obter o maior lucro possível. Estas empresas estão todas sedeadas em Sintra.

O clima está a modificar em todo o Portugal devido à acção do Homem, os habitats naturais estão a desaparecer e com eles toda uma variabilidade de espécies animais e vegetais.

Cada cidade tem o seu governo próprio, o seu chefe de estado, os seus impostos.

A palavra que mais se ouve nos meios de comunicação isentos de censura é liberdade, 10% da população portuguesa vive com esta palavra todos os dias, o resto do país não tem meios de comunicação isentos.

Em nome da liberdade e da autodeterminação, todos as regiões são senhoras do seu território e da sua população, o que contribui para o manter as diferenças políticas e sociais.

Não há nenhum governo a nível nacional que seja capaz de mudar a situação prevalecente de desigualdade. Existe um organismo nacional que faz uma gestão das esmolas dadas por Sintra e Cascais.

Em Sintra e Cascais não há escravos, dentro desta população toda a gente é igual perante a lei, a lei e a ordem mantêm-se neste local acima de níveis que nunca houve nas outras regiões.

O resto é um país de escravos, dependem em tudo das decisões políticas de Sintra e Cascais. Uma lei aprovada em Cascais tem consequências devastadoras em locais tão longínquos como o Minho, no entanto não pertencem ao mesmo país ou zona do Globo.

A maior parte do país podia viver em níveis razoáveis, se Sintra e Cascais não ficassem com todos os seus recursos a preços irrisórios.

Sintra e Cascais têm excessivos meios de comunicação e transportes que contribuem para o aquecimento global do país, no resto do país as populações vivem praticamente isoladas.

O Fenómeno Globalização atinge todo o País da forma mais brutal e inconsequente, levando à miséria da maior parte da população para engrandecer sempre os mesmos concelhos.

Alguém sonhou para Portugal um governo único e democrático, onde os recursos fossem distribuídos de forma equitativa, onde os maiores problemas que atingem o país fossem encarados de forma séria, independentemente dos prejuízos para dois ou três concelhos ricos.

Alguém sonhou em eleições democráticas e livres para Portugal inteiro.

Alguém sonhou com o fim do capitalismo económico, sedeado em dois ou três concelhos, e com sistemas mais justos para toda a população.

Alguém sonhou com o fim do despotismo ditatorial de uma grande parte dos concelhos que só serve o interesse dos países capitalistas.

Alguém sonhou com o fim real da escravatura.

Alguém sonhou com o investimento sério em meios alternativos de energia que permitam um país mais são.

Alguém sonhou com um país menos dependente de uma lógica de força do mais forte sobre o mais fraco.

Vamos todos no mesmo barco, temos todos direitos e deveres iguais.